Deu na revista Revista Época nº 427 de 24/07/2006 - matéria de Guilherme Ravache entrevista David Bornstein
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Quem tem poder para conter a miséria e melhorar saúde e educação não são os governos, mas os inovadores, afirma o especialista canadense em terceiro setor.
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Veja em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG74847-6009-427,00.html
Os últimos 20 anos testemunharam a explosão no mundo das organizações não-governamentais, as ONGs. Em países como Estados Unidos, Canadá e Índia, o número de ONGs aumentou mais de 50% nas últimas duas décadas.
No Brasil, essas organizações passaram de 250 mil, em 1990, para 400 mil, em 2006. Um grande estudioso – e entusiasta – do fenômeno é o jornalista canadense David Bornstein, autor de Como Mudar o Mundo – Empreendedores Sociais e o Poder das Novas Idéias (Editora Record).
Guru do terceiro setor, formado por instituições privadas dedicadas a causas sociais ou ao bem público, Bornstein entrevistou para o livro dirigentes de ONGs no mundo inteiro. Entre eles dois brasileiros. O engenheiro agrônomo Fábio Rosa, que, em 1982, criou um projeto para levar eletricidade a comunidades pobres. E a médica carioca Vera Cordeiro, que, em 1991, ao descobrir um garoto sem cobertores em casa após sair do hospital, iniciou o projeto Renascer, para dar assistência a crianças pobres depois da alta de hospitais públicos. Os dois são exemplos do que Bornstein chama de empreendedor social, ou “gente com novas idéias para enfrentar grandes problemas, incansáveis na busca de seus ideais”.
Segundo Bornstein, os empreendedores sociais são tão importantes para uma sociedade quanto os capitalistas para a economia. Ele também é um defensor de uma tese polêmica: os governos devem se limitar à definição de políticas sociais. E transferir sua execução para as ONGs desses empreendedores. Elas podem ser mais ágeis e menos assistencialistas, funcionando com os padrões de eficiência do mercado. “Os empreendedores sociais são mais eficientes em inovar”, afirma Bornstein.
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